Carro 1, Ogier/Ingrassia
“É uma das piores especiais em que já pilotei. Não tinha aderência nenhuma, principalmente em comparação com quem vier mais atrás. Não é nada fácil.”
Carro 2, Latvala/Anttila
“Forcei e foi espectacular. Grande especial. Havia muita terra solta, mas tínhamos de andar mais depressa.”
Carro 3, Meeke/Nagle
“Vi os pneus do carro do Andreas (Mikkelsen) e não estão tão maus como os meus. A estrada está mais limpa. Vai ser interessante ver o que cada um faz na segunda passagem. O rali vai ser decidido na escolha dos pneus.”
Carro 4, Ostberg/Andersson
“Foi uma especial difícil. Sinto falta de experiência a abrir a estrada. Tenho algumas linhas de trajectória do Seb (Ogier), mas não sinto muita confiança. É complicado. Vejo as trajectórias e tento segui-las. Tenho de aprender mais sobre abrir a estrada.”
Carro 6, Tanak/Molder
“Estamos a recuperar das primeiras duas especiais. As notas estão muito melhores.”
Carro 7, Neuville/Gilsoul
“Somos os únicos com pneus duros. Temos de os poupar para amanhã. Provavelmente vamos perder bastante tempo durante o dia. Mas depois temos o dia seguinte, por isso é preciso limitar as perdas para já e ver o que o dia de amanhã nos traz.”
Carro 8, Sordo/Marti
“Não temos tracção. Guiei com cuidado no segundo troço do dia porque quis poupar os pneus para esta especial. Estão completamente gastos. Gosto do carro. Não voltámos a ter os problemas (de motor) que tivemos no primeiro troço.”
Carro 9, Mikkelsen/ Floene
“Acho que perdemos muito tempo. É um troço complicado. A terra é muito escorregadia. Andámos bem. Estou satisfeito com a minha manhã. Estamos com um bom ritmo e sinto-me confiante.”
Carro 14, Kubica/ Szczepaniak
“Furámos mas não batemos em nada. A roda está danificada por termos continuado. Também tivemos uma ligeira saída de estrada por causa do furo.”
Carro 20, Paddon/Kennard
“Estamos a gerir os pneus, mas temos a tendência de sofrer um maior desgaste do que os outros. Senti-me mais confiante nesta classificativa e por isso pudemos andar mais depressa.”
Carro 21, Prokop/Tománek
“Está resolvido. Não há qualquer problema com os travões. Agora tenho de melhorar a minha pilotagem com o carro que é novo.”
Carro 37, Bertelli/Bernacchini
“Tudo ok. Estamos contentes com o rendimento do carro. As notas também estão boas.”
Carro 40, Ketomaa/Lindstrom
“O carro continuou e eu não consegui virar para lado nenhum. Não faço ideia do que aconteceu. Espero que se possa resolver na assistência.”
Carro 42, Al-Attiyah/Baumel
“Foi uma boa manhã. Três especiais sem problemas e sem correr riscos. Vamos tentar melhorar e mudar algumas coisas para a segunda passagem. Temos o carro um pouco macio. Temos de o tornar mais preciso.”
Carro 75, Al-Kuwari/Clarke
“Parámos numa curva de 90 graus. Fora isso, está tudo bem. O carro não teve qualquer problema. Os pneus não duram muito.”
O piloto da Volkswagen, Jari-Matti Latvala foi o vencedor da edição de 2015 do Vodafone Rally de Portugal. O finlandês alcançou o primeiro triunfo da temporada e encabeçou um pódio totalmente preenchido pelos Polo WRC. A prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal terminou em grande com milhares de pessoas no mítico troço de Fafe.
No ano em que o Vodafone Rally de Portugal voltou ao Norte do país, com o centro operacional na Exponor, em Matosinhos, a organização formada por 900 pessoas (dos quais 500 foram marshalls) criou um percurso que promoveu a competição e recuperou a simbologia e a história associadas às edições passadas, mas num formato moderno e consentâneo com o modelo actual preconizado pela FIA, em que a segurança é sempre colocada em primeiro lugar.
A paixão dos fãs revelou-se desde o início e o seu comportamento ao longo dos dias de competição foi exemplar. As estimativas da autoridades, que colocaram 1900 elementos das forças de segurança no terreno, apontam para dois milhões de espectadores ao longo das especiais do Vodafone Rally de Portugal, o que é um verdadeiro sucesso.
Com uma série de três provas sem pontuar, Jari-Matti Latvala beneficiou da sua posição na estrada nos dois primeiros dias para andar depressa e assumir a liderança com uma vantagem que lhe permitisse controlar a concorrência na última etapa. No final da primeira secção de sexta-feira, o finlandês da Volkswagen já estava na frente da classificação, apesar de ter uma curta diferença para o vencedor do Rali da Argentina, Kris Meeke (Citroën).
O líder do campeonato, Sébastien Ogier, sentiu muitas dificuldades por ser o primeiro na estrada e preocupou-se em recuperar nas segundas passagens pelas especiais. Contudo, um incêndio florestal na especial mais longa do dia - Ponte de Lima - impediu-o de recuperar terreno como o francês desejava. Assim, enquanto Latvala manteve a liderança até ao final da prova, Ogier empreendeu uma importante recuperação que o fez subir do sexto lugar, que ocupava no final do primeiro dia, até à segunda posição.
Meeke e Andreas Mikkelsen, que pela primeira vez pilotou o Polo WRC com as últimas especificações, protagonizaram uma luta intensa pelo pódio. Mas no último dia de prova, o britânico não foi capaz de suster os ímpetos do norueguês, que acabou na terceira posição final.
No final, Jari-Matti Latvala festejava de forma exuberante e, quando falou, não deixou de suspirar de alívio. “Com o que aconteceu nos últimos três ralis, ninguém pensava que eu conseguia voltar (aos bons resultados). Foi uma das experiências mais difíceis. Três provas sem pontuar e agora uma vitória. É incrível. O Seb sofreu com a posição na estrada, mas ontem e hoje esteve muito bem”, afirmou.
Ott Tanak concluiu o Vodafone Rally de Portugal em quinto lugar. O piloto da M-Sport foi o melhor Ford e deixou para trás Dani Sordo - terminou como o melhor entre os Hyundai -, Mads Ostberg (Citroën) e Hayden Paddon (Hyundai). Robert Kubica ficou em nono e confessou que este foi o seu melhor rali. Muito satisfeito por pilotar o novo Fiesta, o polaco apenas lamentou ter, ainda, pouco conhecimento do comportamento dos pneus Pirelli. Martin Prokop fechou o grupo dos dez primeiros.
Pela negativa, destaque para Thierry Neuville e Elfyn Evans que tiveram acidentes no sábado. Se para o belga, a prova ficou estragada quando capotou o i20 WRC, para o galês as dificuldades surgiram logo na sexta-feira quando o pedal do acelerador do Fiesta WRC deixou de funcionar. Lorenzo Bertelli também não foi feliz neste regresso a Portugal. O italiano dispôs de um Fiesta com as novas especificações mas abandonou no sábado após uma saída de estrada com consequente capotanço.
Nasser Al-Attiyah triunfa no WRC2
No campeonato WRC2, Nasser Al-Attiyah foi o mais forte e obteve o segundo triunfo da temporada. O qatari impôs-se com o Ford Fiesta RRC, mas não foi o único piloto em destaque. Numa categoria muito competitiva que contou com 27 concorrentes, a Skoda estreou o seu novo Fabia R5. E apesar de não ter ganho, os responsáveis da marca checa têm de estar satisfeitos com o segundo lugar obtido pelo campeão europeu, Esapekka Lappi, e com o terceiro posto de Pntus Tidemand.
Quentin Gilbert, em Citroën DS3 R3T, bateu toda a concorrência no Junior WRC. O francês está imparável. Depois de ter ganho em Monte Carlo, agora deixou o segundo classificado, Pierre Loubet, a 3m40,6s de distância. Henri Haapamaki completou o pódio, mas perdeu mais de seis minutos para o vencedor.
No Drive DMACK Fiesta Trophy, Max Vatanen, filho de Ari Vatanen, capitalizou a experiência ganha com a participação na primeira prova do campeonato português, onde teve contacto com especiais semelhantes a algumas classificativas do Vodafone Rally de Portugal.
Miguel Campos é o melhor português
No confronto entre os pilotos nacionais, Miguel Campos, que se preparou especialmente para competir no Vodafone Rally de Portugal, foi quem levou a melhor. O piloto do Ford Fiesta foi o primeiro líder da prova e, depois de perder esse estatuto durante a manhã de sexta-feira para Bernardo Sousa, acabou por recuperá-lo e manteve a posição até ao pódio final.
Campos terminou com uma vantagem de 7m46,3s sobre Miguel Jorge Barbosa, também em Ford Fiesta R5. Elias Barros completou o pódio luso, numa prova em que algumas das principais equipas portuguesas não chegaram ao fim.